A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394/1996 (LDB), a Educação Infantil passa a ser direito das crianças de 0 a 6 anos, o que a torna obrigatória e parte da Educação Básica. Essa condição mobiliza a produção de documentos oficiais normativos e orientadores para a Educação Infantil. Em geral, essas produções propõem que a organização curricular não seja disciplinar. Por outro lado, a LDB afirma a Educação Física como componente curricular obrigatório da educação básica, o que nos faz questionar de que forma a Educação Física se relaciona com a Educação Infantil. O presente estudo buscou problematizar essa relação nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Educação Infantil (2013) de Campinas. Para tanto, realizamos uma análise pós-estrutural de currículo, proposta por Cherryholmes. Os resultados obtidos indicam que embora a Educação Física não conste no documento, há presença de saberes a ela atribuídos como as brincadeiras, tomadas como linguagens do corpo infantil, o que nos incita a afirmar a importância das pedagogas contarem em suas formações com o debate da Educação Física na área das linguagens.

Palavras-chave: Educação Física; Educação Infantil; Documentos Curriculares; Infância.

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