Neste artigo procurou-se analisar os efeitos do currículo cultural de Educação Física nas representações culturais dos estudantes sobre as práticas corporais e seus representantes. Para tanto, utilizou-se a bricolagem com modo de investigação, adotando a autoetnografia e a etnografia das aulas em três escolas públicas situadas na periferia paulistana. O material produzido foi submetido à análise cultural mediante o confronto com os Estudos Culturais. Os resultados permitem afirmar que a Educação Física culturalmente orientada exerce uma influência nas significações proferidas pelos estudantes acerca das práticas corporais tematizadas e os sujeitos que delas participam. Observou-se que o processo de ressignificação acontece desde o mapeamento, perpassa as vivências e se fortalece, de maneira especial, naquelas atividades de aprofundamento em que são desenvolvidas situações didáticas voltadas para a desconstrução de representações pejorativas. Também se concluiu que os professores exercem um papel fundamental nesse processo.

Palavras-chave: Currículo cultural; Representações culturais; Educação Física

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