Tem sido lugar comum afirmar que a disciplina Estágio Curricular Supervisionado não oferece elementos necessários para a potencialização dos seus sujeitos para atuarem no chão da escola. Esse enunciado indica a distância entre o currículo da formação inicial e as práticas do cotidiano escolar. Em geral, argumenta-se que a disciplina se preocupa com aspectos burocráticos e pragmáticos. No campo das análises, não se observa o debate a respeito das tramas que amarram o futuro egresso nas posições de sujeito dadas pela docência. Este artigo trata da escrita como experiência de si, a partir da narrativa de três vozes que compuseram a disciplina de Estágio Supervisionado em um curso de Licenciatura em Educação Física. Descreve como ocorreu a construção do conhecimento a partir das discussões e observações promovidas pelas observações do campo, as bibliografias lidas e as atividades de ensino durante o semestre letivo. Centra esforços na forma como aconteceu o processo de subjetivação, o olhar dado pelos sujeitos para as experiências as quais se expuseram. Como resultado, este texto tenciona ser uma forma de insubordinação aos ditames pragmáticos que marcam essa disciplina, potencializando-a, inspirada em Michel Foucault, como prática de liberdade.

Palavras-chave: Formação Inicial. Educação Superior. Estágio Supervisionado. Educação Física. Experiência de si.

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