O presente estudo transita na fronteira entre as políticas curriculares e o currículo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), problematizando as conexões entre a educação profissional de nível médio e a educação em tempo integral (ETI). A seleção e a organização dos saberes curriculares devem realizar-se a partir do direito dos estudantes à formação plena. Contudo, imagens reducionistas e mercantilizadas do currículo pairam sobre a educação profissional tecnológica e ameaçam esse direito. Em tal contexto, analisou-se o currículo do ensino médio integrado do IFMG e suas conexões com a ETI, a fim de contribuir para a construção de propostas que considerem as especificidades das juventudes, dialoguem com os diversos tempos da vida e que problematizem as finalidades da jornada escolar ampliada. A metodologia da pesquisa incluiu a análise dos dados descritivos sobre o texto curricular expressos nas normativas institucionais e nos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs) de 4 campido IFMG. Os resultados apontam que os Institutos Federais apresentam em suas normativas interessantes contribuições para a ETI, contudo, os códigos presentes nos seus PPCs contêm as marcas do produtivismo e denotam truncamentos que invisibilizam as múltiplas dimensões da formação humana e as concepções pedagógicas que fundamentam tais projetos.

Palavras-chave: Currículo. Ensino Médio. Educação Profissional. Educação em Tempo Integral.

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