Educação Física em uma escola do município de Praia Grande. Para a realização desta pesquisa qualitativa – ancorada nos referenciais das teorias pós-críticas que subsidiam o currículo cultural da Educação Física – foi adotada a autoetnografia como perspectiva teórico metodológica. Nessa perspectiva, a bricolagem, que é um modo de investigação multimetodológico proposto por Kincheloe e Berry (2007), foi um importante recurso. A pesquisa ocorreu em uma escola do município de Praia Grande durante as aulas de EF ministrada pela professora-pesquisadora no ano letivo de 2019. Participaram da pesquisa 78 alunos e alunas de 4 turmas multisseriadas na faixa etária de 06 a 14 anos. Os dados obtidos foram submetidos à análise por meio dos princípios da Educação Física culturalmente orientada e confrontados com a teorização pós-crítica. A problematização dos discursos sobre as práticas e seus praticantes propiciou espaço para o diálogo e reflexões críticas da cultura corporal, contribuindo para a valorização e reconhecimento dos distintos patrimônios culturais corporais. Ademais, as experiências vividas e produções desenvolvidas com os estudantes resultaram na elaboração de um produto em formato de e-book inspirado por todo o movimento da pesquisa voltado aos docentes. Assim, compartilho experiências reais de ensino que, por meio do planejamento e das ações didáticas desenvolvidas, buscaram potencializar o contato com diversos saberes, não apenas os hegemônicos e legitimados. Além de um conjunto de vídeos de variadas práticas corporais com intepretação em LIBRAS e/ou legendadas apresentadas pelos discentes. Espero que este material possa enriquecer as discussões acerca da Educação Física Escolar e contribuir com as produções da área que vislumbram uma educação mais aberta a todas as vozes, saberes e culturas.

Palavras-chave: Educação Física. Currículo Cultural. Problematização. Ensino. Currículo Pós-Crítico.

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