O currículo culturalmente orientado de Educação Física propõe a formação de uma sociedade mais solidária. Para tanto, se respalda em seus princípios fundantes – que integram a base epistemológica do currículo, naquilo que acreditamos ser seus campos de inspiração – e a organização das atividades de ensino, também chamadas de orientações didáticas. As recentes pesquisas nesse campo apontam para uma prática docente muito bem organizada no que se refere aos procedimentos didáticos, em que pese o mapeamento, as ressignificações, ampliação, aprofundamento e registro. Vale ressaltar que tais procedimentos não são invenções deste currículo. Portanto, o que a distancia dos currículos que o antecederam são os seus campos de inspirações. Desta forma, a avaliação aparece como um procedimento do currículo cultural, porém totalmente desprendida dos preceitos psicobiológicos de aprendizagem. Dito de outra forma, não há sentido em se propor um currículo culturalmente orientado, baseado em campos epistemológicos situados nas teorias pós-críticas se a avaliação ainda permanece em um outro campo teórico. Em sua pesquisa, Bonetto (2016) investigou a relação dos princípios curriculares com as orientações didáticas a partir de seus atores (os próprios docentes). Escudero (2011) investigou como os docentes produzem o significado da prática avaliativa. Isto posto, a presente pesquisa pretende investigar como os pressupostos medulares são mobilizados pelos/as docentes durante suas práticas avaliativas, a partir da observação, entrevistas e análise dos relatos de experiência.

Palavras-chave: Currículo; Cultura; Educação Física; Avaliação.