Neste artigo, foram analisadas as políticas de formação contínua de professores da rede estadual paulista entre 1983 e 2006. Esse recorte histórico justifica-se pela retomada de governos eleitos democraticamente e pela suspeita de que as ações formativas, implementadas nesse período, seguem influenciando as iniciativas atuais. As propostas de formação docente, por mais que sejam isoladas, inserem-se no bojo de uma política maior, ou seja, são dotadas de uma determinada intencionalidade. A compilação e análise crítica dos estudos que se debruçaram sobre as políticas de formação contínua de professores, implementadas pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (SEE/SP), permitiram a divisão do período em dois ciclos. O primeiro (1983-1994) foi marcado pela busca de alternativas para democratização e descentralização do processo de formação. E o segundo (1995-2006) foi caracterizado pela prevalência de políticas alinhadas ao ideário neoliberal, consubstanciadas na pulverização de iniciativas e em convênios e parcerias com instituições diversas.

Palavras-chave: Política Educacional. Neoliberalismo. Formação Contínua.

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