O artigo investiga as possibilidades da Educação Física cultural durante o período de isolamento social em que grande parte das escolas brasileiras adotaram o chamado ensino remoto emergencial como alternativa para manutenção das atividades didáticas. Para tanto, foram entrevistadas quatro professoras que afirmaram colocar a proposta em ação entre março de 2020 e agosto de 2021. Após confrontar a transcrição das gravações com a teoria curricular em questão, os resultados indicam que o ensino remoto emergencial não impediu o agenciamento das docentes pelos princípios ético-políticos nem dificultou o desenvolvimento das situações didáticas que caracterizam a vertente. O maior empecilho consistiu na restrição de acesso à internet por parte das crianças que frequentam a escola pública, o que levou à criação de alternativas e diversificação das ferramentas virtuais.

Palavras-chave: Educação física; Currículo cultural; Ensino remoto emergencial

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