Ao compreendermos a cultura ancorada nos Estudos Culturais e como sendo constituída por espaços de enunciação, tendo a diferença como ponto central, na constituição das sociedades, pensamos que um currículo escolar pautado na diferença é indispensável se quisermos rachar os estratos, rever as hegemonias que o mundo moderno e o capitalismo nos colocam, pensar em novas e criativas formas de viver neste mundo, em prol de maior justiça e solidariedade. A partir destes posicionamentos, compreendemos que o currículo não deve ser concebido de maneira binária, ou ‘isto’ ou ‘aquilo’, nem tampouco como um receituário, um currículo imagem, mas sim, o currículo passa a ser enunciado como um espaço-tempo onde as diferentes culturas e os diferentes conhecimentos são colocados em constante confronto com a diferença. A escola passa a ser um local onde as diferenças são traduzidas, uma tradução que modifica as particularidades de cada cultura, obrigando-as a negociar diante das experiências homogeneizantes.

Palavras-chave: Diferença. Currículo. Educação. Escola.

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