Este texto objetiva escancarar as tecnologias de regulação docente, a fim de potencializar saídas para uma compreensão (pelo próprio sujeito) do lugar da docência produzida pela racionalidade política neoliberal. Utiliza como instrumento metodológico o grupo de discussão, realizado com quatro professores de Educação Física em atuação na Educação Básica e formados pela mesma instituição. Toma como operador conceitual de análise as noções de técnicas de si e cuidado de si formuladas por Michel Foucault. As análises efetuadas indicam a força de discursos pedagógicos da Educação e da Educação Física na constituição da subjetividade docente e responsáveis por fazer com que os professores produzam narrativas sobre si mesmos no campo de atuação orientadas principalmente pelo neoliberalismo. A partir desse debate, este artigo também dá alguns passos no sentido de pensar outras formas de constituir-se docente no exercício da profissão.

Palavras-chave: Educação Física, Ensino, Docência, Neoliberalismo e Educação

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