Num cenário de pandemia, o governo do estado de São Paulo lançou para consulta pública por intermédio de sua Secretaria de Educação a versão preliminar do documento curricular do Ensino Médio. O artigo submete ao escrutínio o documento com vistas a identificar o discurso que se pretende hegemonizar. A proposta lançada carece de profundidade de discussão acerca de seus principais pontos, não esconde a vontade de intensificar no serviço público a organização das grandes corporações empresariais; acena para uma educação atenta às demandas imediatas do mercado de trabalho; exalta uma prática pedagógica meramente técnica e abandona a promoção da criticidade coletiva.

Palavras-chave: currículo; discurso; Ensino Médio

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