O presente artigo devota-se a examinar as relações entre sujeito e verdade mediadas por tecnologias pedagógicas de governo do eu. Na esteira de tal horizonte e adotando o gesto arquivístico e a atitude crítica foucaultiana como leitmotiv analítico, delineiam-se inicialmente alguns traços histórico-discursivos da constituição de registros das ações didáticas na esfera educacional. Em seguida, tomando como fio condutor a noção de aleturgia — desenvolvida por Foucault no curso. Do governo dos vivos — e a partir da analítica de relatos de experiências didáticas de uma pedagogia do presente em particular, busca-se sustentar a ideia de que os sujeitos docentes afiliados à pedagogia em pauta estão vinculados a uma forma aletúrgica, tornando-se governáveis precisamente em função desse engajamento com a verdade, legitimando-a em si mesmos e por si mesmos.

Palavras-chave: verdade e subjetividade; registros das ações didáticas; relato de si; aleturgia.

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