Influenciados pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o conceito de niilismo, neste texto, navegamos pelos mares turbulentos do atual debate curricular, a fim de promover outros olhares para a Educação Física. Nesse bojo, levantamos implicações e possibilidades para pensar algumas teorias curriculares. Para dar conta do que se anuncia, em um primeiro momento, com a contribuição de Gilles Deleuze, centramos esforços em apresentar o niilismo em quatro perspectivas. A seguir, tensionamos algumas das perspectivas de Educação Física em voga, ao mesmo tempo em que tomamos a perspectiva do denominado currículo cultural da Educação Física em diálogo com algumas noções nietzschianas que contribuem para a existência dessa perspectiva-proposta-aposta. O que pretendemos é contribuir para que a ação de suspeitar das certezas sirva como subsídio, ação constante e mola propulsora para criar outras formas de pensar, sentir, agir e potencializar a afirmação da vida na sua integralidade, nas suas vicissitudes e paroxismos. O exposto nas linhas vindouras não possui pretensões universais ou de transformação social, mas de contribuir para o enfrentamento das condições anti-vida em que vivemos. Uma experiência estético-ética no campo da Educação Física, que ensaia uma aproximação com o debate do campo das teorias do currículo da Educação Física e o pensamento nômade de Nietzsche. Trata-se muito mais de uma proposta-aposta do que uma proposta-resposta.

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