O presente trabalho procurou cartografar as transformações nas paisagens subjetivas docentes da Educação Física na Educação Básica, mais especificamente focalizando sujeitos adeptos da perspectiva curricular cultural. Para tanto, adotamos como procedimento metodológico a cartografia de inspiração deleuze-guattariana. O período cartografado englobou desde o início da pandemia (aqui denominada como sindemia, a partir da sugestão de Alfredo Veiga-Neto) até os dias atuais, meados de 2023. Os diálogos acadêmicos foram encetados priorizando autores/as pós-críticos (de acordo com a classificação de Tomaz Tadeu da Silva), epistemólogos do Sul (com destaque para Krenak), filósofos da diferença (com foco em Deleuze, Guattari e Foucault), psicólogos pós-estruturalistas (professora Virginia Kastrup) e culturalistas da Educação Física (a partir da lente de Neira e Nunes, mas abrindo para a produção do Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar/FEUSP). Como resultado obtivemos nove mapas decalcados de percursos que incluíram métodos científicos, discussões epistemológicas e ensaios filosóficos. O primeiro mapa busca uma caracterização da sindemia global. O segundo mapeia o posicionamento filosófico de destacadas figuras internacionais e nacionais. O terceiro focaliza os impactos educacionais e a emergência do Ensino Remoto Emergencial. O quarto enquadra as repercussões na Educação Física a partir da produção científica na área. Os mapas quinto e sexto adentram uma vereda curricular específica, a saber, a perspectiva cultural da Educação Física, mais especificamente na problemática subjetividade/aprendizagem. Os encaminhamentos destes mapas são problematizados no seguinte ao acoplarmos a questão das Tecnologias de Informação e Comunicação. Por fim, no oitavo mapa realizamos um grupo focal com docentes adeptos do currículo cultural e, no último esforço da escrita, buscamos conectar os rizomas mapeados em uma espécie de conclusão aberta.
Palavras-chave: Pandemia; Educação Física Escolar; currículo cultural, subjetividade.